segunda-feira, junho 29, 2009

A influência de Wacko Jacko em minha vida


Eram meados de 87, creio eu ... estava com 9 para 10 anos de idade e já gostava muito de músicas de qualidade, principalmente porque tenho um pai músico e Graças a Deus, nunca entrou em casa algum LP (na época) de programas infantis e similares.

Meu Rock era Dire Straits e meu Pop sempre foi e sempre será Michael Jackson e Madonna.

Não crianças! Eu não sou gay! Sou um vivente nostálgico (até demais) dos anos 80.

O que me fez lebrar isso que vou postar foi qdo em casa conversando com meus pais, meu pai soltou uma que chacoalhou meu cérebro!

"Filhão! eu lembro qdo a gente ia no Shopping ou num Supermercado e quando rolava Michael vc fazia o Moonwalker!"

Na hora lembrei de várias cenas, e de fato era verdade ... eu dançava MJ! E dançava bem. Minha infância foi meio foda com essas ondas explosivas musicais e artísticas na época ... quem me conhece bem sabem com quem pareço (dica.: um artista mirim brasileiro de muito sucesso na época), e isso me incomodava demais a ponto de alguns momentos da vida eu tive que me controlar para não sair passeando no Shopping de sábado à tarde (já tive que sair com apoio de seguranças do shopping tamanho era o assédio), ninguém acreditava que eu não era o que pensavam.

Mas se eu quisesse ser alguém na época, era Michael Jackson. E não esse artista-mirim.

Cavucando coisas velhas em casa encontrei fotos da minha primeira apresentação de Break* no Colégio, eu dancei Billy Jean! E foi sensacional, lembro do meu medo quando vi que o piso não iria ajudar muito no Moonwalker mas mesmo assim fiz e, com muito orgulho.

Como sou nascido de 77, algumas coisas eu só foi descobrindo ao longo do tempo:

- Que ele não era um lobisomem (7 anos)**
- Michael Jackson era negro (12 anos);
- Ele era dos Jackson 5 (14 anos);

Mas mesmo assim ainda ouvia com muito prazer esse tipo de música. Música de qualidade. Não me importo com a vida pessoal dele, na verdade, tenho muita dó de saber que o pai dele era um monstro, mas daqui alguns anos o legado musical vai engolir essa história toda que mal nossos filhos , netos e bisnetos vão saber ou ao menos entender.

Hoje sou músico e infelizmente não vivo disso, mas adoro tocar e divertir todos ao meu redor. E adoro assistir programas musicais, principalmente de calouros.

Dois meses atrás estava vendo Shaheen Jafargholi cantar Who's Lovin' You de MJ. Fiquei impressionado como ele imitou a voz perfeitamente dele e daí passei a ouvir com mais cuidado Jackson 5 e fiquei embasbacado. Cheguei a estudar algumas músicas sozinho para ver se tirava no violão para eu cantar sozinho sabe? (que vai se arriscar a cantar Jacko?).

Estou com a coletânea Soulsation! dos Jackson 5 há algum tempo em meu iPhone. Depois desse trágico episódio coloquei "Bad", "Thriller", "Ben" e "Off the Wall" para entender o que se passava naquela cabeça doida.

De fato ele influenciou minha infância e até hoje me influencia para tocar suas músicas, ou seja, um artista perfeito

Um detalhe: nesse fim-de-semana passado eu saí com minha mulher para a gente dançar e cantar num karaokê que gosto muito, é claro que tocou Michael Jackson, e depois de muitos anos tentei fazer o Moonwalker, e fui até aplaudido.

Juro que me senti com 9 anos novamente.

* se não sabe o que é, vai no google!
** Ref. ao video-clipe de Thriller

2 comentários:

Anônimo disse...

Somos peças raras, meu rapaz. Vivemos o melhor dos anos 1980 e, hoje em dia, somos dois jovens velhos nostálgicos.

E a vida continua a acontecer.

Capplevi disse...

Em primeiro lugar, se você gostasse mesmo dele não chamaria de 'Wacko'. (Não, eu não sou mais um fã enlouquecido, mas pelo que dizem, ele não gostava desse apelido - com se importasse.)

Em segundo, no livro 'Moon Walk', de Michael Jackson, ele fala com clareza sobre como se sentia sobre o pai. Extremamente grato por tudo, e que apesar dele ter tido alguns tropeços durante a criação de seus filhos, foi sempre pensando no melhor para eles. Essa história de 'pai monstro' foi o fruto de um documentário do britânico Martin Bashir, que esteve com MJ por 8 meses, mas selecionou imagens para uma hora de documentário sensacionalista, e acabou por destruir a carreira de MJ. No documentário "Take 2"(A Resposta), isso fica bem claro.

Fora isso, e deixando a vida pessoal do artista de lado, como você sugere, realmente faz parte da minha vida toda aquela Jacksonmania dos tempos de outrora. Mas o tempo tem que passar né amigo...