segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Voltando à origem...


Talvez esse seja um dos mais importantes posts que escrevo até hoje. Desde meu antigo blog.

Tenha paciência. A compreensão não é tão fácil assim. Vou contar uma breve estória para ficar mais intelegível...

Você conhece uma pessoa, por exemplo. Daí com o tempo você tem mais afinidade e daí o coleguismo começa a ficar mais visível. Alguns momentos a mais durante esse período cria-se um convívio bem maior.

A gente começa a trocar certas confidências, ouvir e dar conselhos. A importância por essa pessoa se torna cada vez maior, e para ambas as pessoas.

Nasce uma amizade.

E o que tem de errado nisso? Absolutamente nada. Nada mesmo. Com uma única exceção: - A sua origem...

Quantas vezes aconteceu isso com você. Você tem uma puta amizade com alguém e, por motivos quaisquer, depois de um loguíssimo tempo de amizade e coisa esfria. E por quê isso acontece?

Porque aquela pessoa já tem suas origens. Você nunca sentiu um certo vazio por saber que aquele(a) grande amigo(a) seu tem um histórico que você nunca participou na sua vida? Ou melhor, por mais amigo que vc tenha se tornando, nunca vai se comparar à aquele amigo(a) que seu grande amigo teve, ou ainda tem, simplesmente porque ele participou de um momento importante de sua vida. Quer dizer, vale a pena o esforço por mostrar-se importante?

Para mim vale. Mas você nunca vai ser a raíz daquilo. Melhor dizendo, você tem que lutar muito mais do que à origem dele.

O que é mais importante numa árvore? A folha no topo do galho, ou a raíz?

Ás vezes (quase sempre) somos a folha, e só teremos força se essa folha um dia cair no chão e dela florescer e surgir sementes, daí você tem uma base, uma origem.

E você se torna uma árvore. E seus grandes amigos serão as folhas pois você será a referência do sistema.

É muito duro dizer isso, mas, na maioria das vezes nossos grandes amigos nos carregam. E, em pouquíssimas ocasiões você carrega os outros.

Não existe mérito para nenhum dos lados. Mas acredito que essa seja a política de toda a nossa existência. É como uma árvore genealógica, só que não conta o sangue como referência principal.

Não digo isso como experiência particular, longe disso. Apesar de que já passei muito por isso e até hoje ainda passo (sofro). Ora folha, ora raíz.

Não adianta achar que você vai se tornar importante para uma pessoa se ela já passou por momentos mais importantes do que a prória situação de conhecê-lo, você vai para o abismo de novo.

A maioria têm sua origem. Se uma dia você perder tudo - seus amigos atuais, sua vida, ou qualquer coisa que era importante a médio prazo, você vai retroceder para começar de novo - voltar para a família, rever amigos muito antigos (amigo de verdade), aquilo que você adquiriu a longo prazo.

Sinceramente não sei para onde voltar. Ás vezes acho que não tenho origem, ou ela está muito longe para voltar. Ou que eu adquiri a longo prazo não seja importante para mim, na verdade não é a minha origem.

Acho que agora sou uma folha que ainda voa, e está longe de chegar no chão. Estou querendo pousar em lugar firme para crescer a minha raíz.

A verdade é que infelizmente todos os nossos grandes amigos e heróis (snif) não são para a vida toda, vai chegar o momento em que aqueles 10 grandes amigos se tornarão 3. E quando acontecer, parabéns você está criando a sua raíz.

Falei que era difícil...

4 comentários:

Anônimo disse...

isso aqui nao dá pra deixar um simples comentário, então vai olhar seu email!!!!
bjs

Anônimo disse...

A princípio, direi:
"................................"
Depois, digo que nada na vida é permanente, mas isso não quer dizer que as coisas tem que acabar. Nada dura, tudo é fulgaz, mas tudo pode ser mantido, a tendência das coisas é rumar para o seu fim, mas você se esforça para manter aquelas que valem a pena serem mantidas, você sabe disso.......
Abraço

Anônimo disse...

Achei teu blog!! (Tão difícil, né? tava no orkut...)

Seguinte, eu acho só que a gente não consegue ver a árvore se a gente é folha. Ou: a gente só percebe qual o verdadeiro 'tamanho' de uma amizade quando olha pra trás. Mesmo ainda sendo amigo da pessoa. E é nesses casos que você vê que já é raiz.

Anônimo disse...

Acheeeeei!
Quer dizer, o chalom me passou!
Não vou negar que foi bem mais facil de entender assim, sóbria! hehehe
Tbm não vou negar que é meio ruim pensar em experiências próprias lendo tudo isso.
Assim até leva a acreditar que só um irmão (ou até um gêmeo) é sua raíz mesmo.

Bom, sei lá.
Foi um prazer te conhecer...
Bjos